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Villas Boas

Em lugar de pontos negativos na nota do bimestre por mau comportamento ou acréscimo de ponto por elogio feito pelo professor …

 

Em lugar de pontos negativos na nota do bimestre por mau comportamento ou acréscimo de ponto por elogio feito pelo professor …

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

O gerenciamento da sala de aula. Muitos professores iniciantes, especialmente aqueles que estão despreparados, concentram grande parte de sua preocupação no gerenciamento da sala de aula, sobretudo no que se refere ao que em geral é considerado como disciplina (no sentido de regra de comportamento). Organizar uma sala de aula é extremamente importante para poupar tempo valioso e criar um ambiente positivo para o ensino e a aprendizagem. No entanto, o gerenciamento eficaz da sala de aula se estende muito além das regras para a conduta e dos procedimentos para lidar com o mau comportamento. Pesquisas mostram que o gerenciamento eficaz da sala de aula começa com a criação de um currículo que seja significativo para os alunos e com um ensino envolvente e motivador. O gerenciamento da sala de aula é reforçado pela criação de comunidades de aprendizagem que fornecem aos alunos a oportunidade de trabalhar juntos de maneira produtiva e aprender em um ambiente psicologicamente seguro. Continue a ler »Em lugar de pontos negativos na nota do bimestre por mau comportamento ou acréscimo de ponto por elogio feito pelo professor …

A quem interessa o desmantelamento da Universidade Pública?

A quem interessa o desmantelamento da Universidade Pública?

Profa. Dra. Sílvia Lúcia Soares

A crise na educação não é uma crise, mas um projeto das elites, afirmou Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor e político, em 1977, em uma palestra por ele intitulada: “Sobre o óbvio”, proferida na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC.  Para ele a universidade é o pilar da formação humana e constitui-se em lócus do intelectual público, de grande importância no processo historio-evolutivo de uma sociedade. É, portanto, um local de excelência de produção e difusão do conhecimento científico.

Retrocessos ocorrem em relação a essa concepção ampla da universidade. Infelizmente, no cenário das políticas atuais, não é dessa forma que ela tem sido compreendida, percebida e tratada.  Pelo contrário, tem sido maltratada, paulatinamente desmantelada e bombardeada por críticas infundadas e tendenciosas que buscam desmerecê-la como patrimônio do espaço público de formação.Continue a ler »A quem interessa o desmantelamento da Universidade Pública?

Democracia e gestão compartilhada: Quem governa sou eu!

Democracia e gestão compartilhada: Quem governa sou eu!

Profa. Dra. Sílvia Lúcia Soares

Encabula-me a concepção de democracia presente no discurso e nas ações políticas de Ibaneis Rocha (MDB), atual governador do Distrito Federal. Recentemente, mais precisamente, no dia 17/08/2019, ocorreu uma consulta à comunidade a respeito da implantação da gestão compartilhada com a Polícia Militar em 5  escolas públicas do DF. Entre essas escolas, três optaram pela mudança (CEF 1 do Núcleo Bandeirante, CED 1 do Itapoã e CEF 19 de Taguatinga) e duas a rejeitaram (CEF 407 de Samambaia e Gisno, na Asa Norte).

No entanto, apesar do resultado, Ibaneis Rocha decidiu, assim mesmo, implantar ação da gestão compartilhada nas duas escolas que a rejeitaram, alegando que a votação teve efeito apenas consultivo e não vinculante. Fica aqui a indagação: Se o resultado não seria considerado, qual o motivo da consulta?Continue a ler »Democracia e gestão compartilhada: Quem governa sou eu!

Evento discutiu Avaliação Educacional Brasileira

 

Evento discutiu Avaliação Educacional Brasileira

Cristhian Spindola Ferreira

            No período de 28 a 30 de agosto de 2019 foi realizada a X Reunião da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (ABAVE) com o tema Avaliação educacional no Brasil: o desafio da qualidade que objetivou atualizar o debate da qualidade na Educação Básica e Superior, tendo como foco as discussões em três eixos: as relações entre currículo e avaliação, por meio do debate acerca das implicações da BNCC, recém-aprovada, para as avaliações em larga escala; a qualidade da educação profissional e os desafios de qualidade postos ao Ensino Superior no Brasil.Continue a ler »Evento discutiu Avaliação Educacional Brasileira

Contribuições da dissertação “Autoavaliação na educação de jovens e adultos em uma escola pública do Paranoá-Distrito Federal: diferentes concepções que se entrecruzam”

Contribuições da dissertação “Autoavaliação na educação de jovens e adultos em uma escola pública do Paranoá-Distrito Federal: diferentes concepções que se entrecruzam”

Autora: LOPES, Reijane da Silva, 2019. 186 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

Benigna Villas Boas

Leda R. Bitencourt da Silva

 

O estudo de Reijane analisou as contribuições da autoavaliação para o desenvolvimento das aprendizagens de estudantes da terceira etapa do primeiro segmento da Educação de Jovens e Adultos – EJA – em uma escola pública do DF. Para isso ela analisou o processo avaliativo em uma turma da EJA na Escola Carandá-Guaçu (nome fictício da instituição), desenvolveu atividades de autoavaliação com os educandos, quando discutiu com eles como percebiam o avanço de suas aprendizagens.

Várias contribuições são oferecidas pela pesquisa realizada por Reijane. Uma delas é ter sido desenvolvida na EJA, etapa que ainda não recebe o apoio de que necessita e que requer muita dedicação dos educadores. Alia-se a isso o fato de a autoavaliação ter sido o foco do estudo, recurso avaliativo com potencial para auxiliar os estudantes da EJA a compreenderem o processo de aprendizagem que estão construindo e buscarem os meios de cobrarem seu direito de aprender.Continue a ler »Contribuições da dissertação “Autoavaliação na educação de jovens e adultos em uma escola pública do Paranoá-Distrito Federal: diferentes concepções que se entrecruzam”

DEMOCRACIA CONDICIONADA E DITADURA: MAIS DO MESMO?

DEMOCRACIA CONDICIONADA E DITADURA:

MAIS DO MESMO?

Enílvia Rocha Morato Soares

Após 20 anos de ditadura militar, o Brasil recuperou, em 1984, o direito de viver democraticamente. A Constituição Federal promulgada em 1988 contempla, entre outras coisas, a liberdade de expressão. É certo que a oficialização de leis, por si só, não garante a instituição automática e adequada de seu conteúdo. Por esse motivo, desde esse período temos exercido os direitos (re)conquistados com erros e acertos que nos trazem consequências proveitosas ou não.

Com o direito de expressar nossas opiniões e desejos por meio do voto não acontece diferente.  Muito temos aprendido por meio da participação em eleições livres, inclusive a não incidir em novos erros. Isso implica dizer que o exercício da democracia demanda aprendizagens construídas de diferentes formas, entre elas, por meio das consequências de nossas escolhas. A despeito de termos a democracia assegurada por lei, o que já garante que as vontades expressas por meio do voto devem ser acatadas, esse é um forte argumento em defesa do respeito às preferências manifestas pelos indivíduos que são ou serão afetados pelos desdobramentos desse processo.Continue a ler »DEMOCRACIA CONDICIONADA E DITADURA: MAIS DO MESMO?

Eu avalio, você avalia, todos avaliam

 Eu avalio, você avalia, todos avaliam   

Enílvia R. Morato Soares

Quando convidados a registrar em fichas de papel as marcas deixadas pela avaliação no decorrer da vida pessoal e acadêmica, professores do Instituto Federal de Goiás – Campus Inhumas – se expressaram por meio da imagem acima.

Chama a atenção o predomínio de sentimentos negativos associados à avaliação. O uso de expressões como: frustração, ansiedade, angústia, tensão, suor frio, preocupação, filme de terror, apatia, decepção, inferioridade, competição e cansaço ilustram o quanto a prática avaliativa se articula muito mais ao medo das decisões que a partir dela decorrem, do que aos progressos que poderiam/deveriam, por meio dela serem promovidos.

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Docência universitária não se restringe a aula

JC Notícias – 26/07/2019

Docência universitária não se restringe a aula

“No debate sobre a proposta do Future-se, apresentada pelo MEC há uma semana, a grande crítica tem recaído na redução da questão da educação superior,  a  seu financiamento. Agora uma nova polêmica se acrescenta: a da docência universitária”, afirma Silke Weber, professora emérita da UFPE

À semelhança do Future-se, quando o MEC se volta para as formas de assegurar a manutenção do sistema universitário federal, certamente oneroso para qualquer nação, passa agora a  questionar a especificidade da docência nas universidades. Novamente uma visão reducionista baliza a proposta do Ministério, ao não considerar que as universidades, têm como finalidades, a produção e disseminação do conhecimento, a formação profissional, o desenvolvimento cientifico e tecnológico e o enriquecimento cultural, além  de oferecer suporte à formulação de políticas publicas.

A consecução de tais finalidades requer  trabalho e  dedicação de um corpo profissional altamente qualificado, para atender necessidades de formação de quadros demandadas pela sociedade e pelas diferentes áreas de conhecimento. Para tanto, o corpo profissional das  universidades é instado a atuar na disseminação do conhecimento,  feito principalmente por meio de aulas, mas, também , a se voltar  para a produção e retificação do conhecimento visando à experimentação de respostas aos problemas abordados pelas diversas áreas,  e pelas necessidades da  sociedades, o que requer  a fabricação  de tecnologias e o desenvolvimento    de inovações correspondentes.

A atividade  didático-pedagógica da universidade é, por conseguinte, apenas uma das facetas da atividade docente, desde que lhe cabe  ministrar aulas,  e também,   a orientação   ou supervisão de estudantes  em monitoria, iniciação científica, estágios, trabalhos de conclusão de cursos , residências, no âmbito da  graduação,  e se responsabilizar  pela orientação de pesquisas  e avaliação da sua qualidade  nos cursos de pós-graduação, lato e stricto sensu.  Acrescente-se, ainda, a elaboração de projetos de pesquisa próprios e interinstitucionais  voltados para  áreas de especialização e/ou ao  atendimento a prioridades nacionais ou locais , sendo  inerente a esse processo  a interlocução com pares em  congressos, seminários, simpósios  e a publicação de  seus resultados.

A atividade docente universitária implica, ainda, a participação na solução  de problemas sociais e econômicos conjunturais ou históricos mediante a integração de ensino e de pesquisa, além, da promoção de enriquecimento cultural.

A complexidade envolvida na atividade universitária constitui, assim, uma das razões da definição do tempo de trabalho, acertadamente, contemplada na Reforma Universitária de 1968. A profissionalização daí decorrente explica ser a universidade pública responsável por cerca de 90% da pesquisa produzida no país, com evidente repercussão em políticas públicas  e  objeto de reconhecimento internacional.

Cabe, portanto, conduzir o debate sobre a docência universitária dentro dos parâmetros  que conformam a sua especificidade, ao invés de suscitar conflitos com a docência da Educação Básica, cuja valorização é há muito objeto de luta significativa, e sobre a qual a universidade brasileira vem dedicando inúmeros estudos e pesquisas e atuado na formação de seus professores.

ADUFEPE

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CARTA DE CUIABÁ da SBEM

 

CARTA DE CUIABÁ da SBEM

A Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), reunida em Cuiabá (MT) durante o XIII Encontro Nacional de Educação Matemática, com seus mais de quatro mil participantes e cumprindo sua responsabilidade social como sociedade civil e científica atuante no campo da Educação, vem externar publicamente sua extrema preocupação com as políticas públicas em Educação recentemente propostas ou promulgadas em âmbito federal no Brasil.

Essas políticas incluem medidas flagrantemente contrárias à Educação como pilar essencial para uma sociedade democrática, orientada pela justiça social, culturalmente plural e inclusiva – tais como: cortes de verbas para a educação básica pública; cortes de verbas ou extinção de programas específicos voltados para a inclusão de populações socialmente carentes ou subalternizadas; desqualificação profissional e deterioração das condições dignas de trabalho de professoras e professores que ensinam na educação básica pública; ataques a institutos federais e a universidades públicas, em seus princípios de autonomia, gestão, gratuidade e inclusão; subordinação da produção científica e tecnológica a interesses econômicos e mercadológicos; desqualificação das Ciências Sociais e Humanas; cerceamento da liberdade de expressão e perseguição política de professoras e professores; rompimento das garantias historicamente conquistadas de educação escolar com qualidade social referenciada para todas e todos.Continue a ler »CARTA DE CUIABÁ da SBEM

ESCOLA: O QUE NELA SE APRENDE QUANDO SE TORNA MILITARIZADA?

ESCOLA: O QUE NELA SE APRENDE QUANDO SE TORNA MILITARIZADA?

Autoria: GEPA

O progressivo aumento da indisciplina, do uso de drogas, do vandalismo, da evasão e da violência nas escolas, seja entre os estudantes ou contra os professores, é uma realidade que tem chamado a atenção da população e suscitado, de forma efusiva, por governantes de diferentes localidades do país, a defesa pela gestão compartilhada das escolas públicas com a Polícia Militar. É uma realidade que não combina com o ambiente escolar, espaço de autonomia pedagógica e reflexão crítica.

Toda essa inquietação não é mais uma discussão restrita às salas dos professores e aos espaços educacionais como um todo, pois reverbera em toda a sociedade que, por sua vez, almeja respostas e ações governamentais que ponham um fim a essa complexa situação.Continue a ler »ESCOLA: O QUE NELA SE APRENDE QUANDO SE TORNA MILITARIZADA?