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Villas Boas

O QUE É QUE A FINLÂNDIA TEM?

Carta Educação – 27 de julho de 2016

O que é que a Finlândia tem?

Jaana Palojärvi, diretora das Relações Internacionais do Ministério da Educação e Cultura, explica as concepções e políticas que fazem do país um dos melhores sistemas educacionais do mundo

Marsílea Gombata e Thais Paiva

27 de julho de 2016

 

Na Finlândia, a avaliação dos alunos é por princípio encorajadora, não punitiva

Se fosse necessário reduzir a uma palavra as diretrizes e práticas que dão corpo à ovacionada educação finlandesa, essa com certeza seria liberdade. A autonomia permeia desde o currículo até o trabalho do professor, que pode decidir por sua conta como avaliar os alunos ou que métodos e materiais usar em sala de aula. Por trás dessa concepção, está a ideia de que ninguém melhor que o professor para conhecer os pontos fortes e fracos de sua turma e melhor orientá-la.Continue a ler »O QUE É QUE A FINLÂNDIA TEM?

AS CHARTERS E A INTERNACIONALIZAÇÃO DO CONTROLE DA EDUCAÇÃO

As charters e a internacionalização do controle da educação

Publicado em 16/07/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Há algum tempo publicamos um post no qual mencionávamos o envolvimento de um clérigo da Turquia (Fethullah Gulen) com o desenvolvimento de uma cadeia de escolas charters nos Estados Unidos e em outros países. Nos Estados Unidos ela atende a 66 mil alunos. Mostrávamos o risco de colocar a educação básica nas mãos da iniciativa privada que é cada vez mais globalizada nos tempos atuais.Continue a ler »AS CHARTERS E A INTERNACIONALIZAÇÃO DO CONTROLE DA EDUCAÇÃO

POR QUE AS ESCOLAS NÃO PODEM FICAR ALHEIAS ÀS QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS?

Por que as escolas não podem ficar alheias às questões contemporâneas?

Maria Alice Setubal

05/07/201606h00

UOL Educação

Vivemos tempos turbulentos e de constantes acontecimentos importantes. Nas últimas semanas, vimos o Reino Unido votar por sua saída da União Europeia, acompanhamos a eleição na Espanha (com a crescente popularidade de novos partidos) e também seguimos a discussão acerca da liberdade de expressão nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, que levantou debates e conflitos envolvendo imigrantes, negros e a população LGBT. Todas essas notícias nos mostram as crises econômicas, políticas e de valores pelas quais passa a sociedade contemporânea – e que estão conectadas com as crises específicas presentes no Brasil.Continue a ler »POR QUE AS ESCOLAS NÃO PODEM FICAR ALHEIAS ÀS QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS?

Voucher no Distrito Federal

terça-feira, 5 de julho de 2016

Publicado no blog Escola Pública do Luiz Araújo

Voucher no Distrito Federal

O Governo do Distrito Federal anunciou nesta semana que não deu conta de cumprir a norma constitucional prevista no artigo 208, a qual obriga que todos os brasileiros de quatro a dezessete anos estejam na escola. Era um resultado esperado perante a morosidade da incorporação de crianças na pré-escola nos últimos anos. Dados de 2013 mostravam que a capital federal estava com apenas 76,5% de cobertura (contra 81,4% de média nacional), amargando uma taxa de crescimento inferior ao esforço feito pelos demais entes federados.Continue a ler »Voucher no Distrito Federal

COSTIN: MAIS DO MESMO QUE JÁ NÃO FUNCIONOU

Costin: mais do mesmo que já não funcionou

Publicado em 01/07/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Claudia Costin assina em 28-06-2016, artigo no Jornal Estado de São Paulo com o título “Educação de qualidade para todos?” Em seu artigo, a Diretora da área de Educação do Banco Mundial começa por reconhecer, a partir de publicação de Paul Tough, com tristeza, que o déficit de aprendizagem entre os alunos de oitavo ano, considerando os diferentes estratos de renda, vem crescendo nos Estados Unidos “a despeito dos esforços por mudar a situação”. Diz:

“O país tem apresentado não apenas desempenho incompatível com seu grau de desenvolvimento, como tampouco conseguiu evitar que os mais pobres tenham um ensino ainda mais precário.”Continue a ler »COSTIN: MAIS DO MESMO QUE JÁ NÃO FUNCIONOU

CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (SEGUNDA VERSÃO)

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Nas 676 páginas que compõem a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apenas a etapa da Educação Infantil aborda o tema avaliação, de forma breve. O documento afirma que “as instituições de educação infantil são responsáveis por criar procedimentos para o acompanhamento dos percursos das crianças e para a avaliação do trabalho pedagógico” (p. 61). Infere-se daí o reconhecimento da existência de dois níveis da avaliação: das aprendizagens e do trabalho pedagógico, com as crianças e o trabalho pedagógico da instituição. Contudo, o texto se refere apenas à avaliação das aprendizagens. Em seguida, encontra-se que “ a avaliação não tem o objetivo de aferir o desempenho das crianças, mas, sim, de se constituir como um instrumento de reflexão sobre suas aprendizagens e também de busca dos melhores caminhos para orientar a continuidade da prática pedagógica” (p. 61). A palavra “instrumento” é infeliz porque poderá ser associada a instrumentos formais de avaliação.Continue a ler »CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

BNCC: DILEMAS PARA OS SEMINÁRIOS ESTADUAIS

BNCC: dilemas para os Seminários Estaduais

Publicado em 26/06/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Há algumas semanas ocorreu no Congresso uma sessão em que o Centro Lemann sediado em Stanford (USA) apresentou-se aos parlamentares e abordou a questão da Base Nacional Comum com a Frente Parlamentar da Educação no Congresso. O cenário de dúvidas apresentado durante o evento põe em questão o esforço para se construir uma nova versão da BNCC para todas as disciplinas. A razão da dúvida vem da intervenção do Deputado Rogério Marinho (PSDB) durante o evento.Continue a ler »BNCC: DILEMAS PARA OS SEMINÁRIOS ESTADUAIS

PREFEITO SELECIONA CRIANÇAS QUE PODEM FICAR EM CRECHE

Em vários Jornais impressos e no Jornal “O tempo” e G1. Globo (10/06/16)– Foi publicada a seguinte notícia:

 

Prefeito ‘seleciona’ crianças que podem ficar em creche de Doresópolis – Carolina Caetano

“Uma decisão da Prefeitura de Doresópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, pegou os moradores de surpresa. Desde o dia 1º de junho, mães desempregadas não podem deixar seus filhos na única creche municipal. O objetivo da “seleção” dos alunos que entram ou não na instituição é reduzir gastos do município.Continue a ler »PREFEITO SELECIONA CRIANÇAS QUE PODEM FICAR EM CRECHE

“PREGUIÇA DE LER E ESCREVER” E INTERNET SÃO RESPONSÁVEIS POR ERROS DE PORTUGUÊS

Uol Educação

‘Preguiça de ler’ e internet são responsáveis por erros de português

Estadão

07/06/2016

 

São Paulo – Principal responsável pela eliminação de candidatos às vagas de estágio, o uso incorreto da língua portuguesa é justificado pelos jovens como “preguiça de ler”. Pesquisa, realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), mostrou que 40% dos estudantes são reprovados nas seleções para estágio por apresentarem maus resultados em testes ortográficos e redações.Continue a ler »“PREGUIÇA DE LER E ESCREVER” E INTERNET SÃO RESPONSÁVEIS POR ERROS DE PORTUGUÊS

“A PESSOA PRECISA SER ENSINADA A PENSAR CRITICAMENTE”, DIZ JANINE

Carta Educação

“A pessoa precisa ser ensinada a pensar criticamente”, diz Janine

Ex-ministro da Educação condenou projetos como o Escola Sem Partido, por evitarem que a escola questione ideias

Thais Paiva

3 de junho de 2016

Janine é professor titular de Ética e Filosofia Política na USP e foi ministro da Educação entre abril e outubro de 2015

 

“Antes de falar sobre o que precisamos fazer pela Educação brasileira no século XXI, é preciso ver o que ficamos devendo para o século XX”.

Com essa perspectiva retroativa, Renato Janine Ribeiro, professor titular de Ética e Filosofia Política na USP e ministro da Educação entre abril e outubro de 2015, iniciou sua fala no Congresso Nacional de Educadores, evento organizado pela Pearson nos dias 1 e 2 de junho, em São Paulo. O encontro reuniu gestores e docentes sob o tema “Educação Brasileira no século XXI”.Continue a ler »“A PESSOA PRECISA SER ENSINADA A PENSAR CRITICAMENTE”, DIZ JANINE

NOTA DO CONSELHO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (FE/UNB) SOBRE O PROJETO DE LEI “ESCOLA SEM PARTIDO”

Nota do Conselho da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (FE/UnB) sobre o Projeto de Lei “Escola sem Partido”

 Brasília, 02 de junho de 2016.

 

O Conselho da Faculdade de Educação (FE) vem a público manifestar sua preocupação com o Projeto de Lei (PL) “Escola sem Partido”, que tramita no Senado e nos legislativos de vários estados e municípios brasileiros.

 

O PL, que propõe criminalizar professores sensíveis aos temas dos direitos humanos, representa uma grave ameaça ao livre exercício da docência e constitui um retrocesso na luta histórica de combate à cultura do ódio, à discriminação e ao preconceito contra mulheres, negros, indígenas, população LGBTT, comunidades tradicionais e outros segmentos sociais vulneráveis.Continue a ler »NOTA DO CONSELHO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (FE/UNB) SOBRE O PROJETO DE LEI “ESCOLA SEM PARTIDO”

GRUPO DE PESQUISA AVALIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – GEPA: UM INVENTÁRIO DE 15 ANOS DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA

GRUPO DE PESQUISA AVALIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – GEPA: um inventário de 15 anos de produção científica

Carmyra Oliveira Batista

Sandra Zita Silva Tiné

 

Um grupo de pesquisa, mais do que uma grife acadêmica, representa a junção de pessoas com interesses temáticos afins que buscam aprofundamento, ampliação e construção de conhecimento científico. Este é o caso do Grupo de Pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico (GEPA), criado no ano 2000 pela professora Drª Benigna Maria de Freitas Villas Boas, ligado ao Programa de Pós-Graduação da FE-UnB e cadastrado no CNPq, que desenvolve pesquisas em nível de mestrado e de doutorado, e conta ainda com alguns integrantes que, após a conclusão de seus cursos Stricto Sensu, permanecem no Grupo incrementando pesquisas individuais e colaborativas.Continue a ler »GRUPO DE PESQUISA AVALIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – GEPA: UM INVENTÁRIO DE 15 ANOS DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA

HOMEWORK, FRIEND OR FOE?

Education Week Teacher, may 2016

Homework, Friend or Foe?

By Starr Sackstein on May 22, 2016 5:16 AM

Homework, by definition it is work that is to be completed outside of the school day. Usually it is to be brought in the following day and too often it is assigned uniformly to all.

As a student, I didn’t mind homework and thought of it as a necessary part of my education, seldom questioning the purpose or quality of it. Perhaps as an honors student my whole educational career, it was assumed and completed and never shared with my peers.Continue a ler »HOMEWORK, FRIEND OR FOE?

A “EXCELÊNCIA” DE XANGAI

A “excelência” de Xangai

Publicado em 28/05/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

A Folha de São Paulo ficou impressionada com um estudo que examina o desempenho de Xangai no PISA e acabou comprando a ideia de que ele tem algo a recomendar para o Brasil, sem atentar para a realidade chinesa:

“A qualidade do ensino é o ingrediente mais importante para o sucesso de Xangai em educação, segundo um estudo do Banco Mundial. Os estudantes da metrópole chinesa ocupam os postos mais altos em exames escolares internacionais, e o Banco Mundial, que oferece assistência financeira e técnica a países em desenvolvimento, publicou um relatório sobre o êxito acadêmico do município.”Continue a ler »A “EXCELÊNCIA” DE XANGAI

USA: APRENDAMOS COM O ERRO DOS OUTROS

USA: aprendamos com o erro dos outros

Publicado em 26/05/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

No momento em que as reformas empresariais da educação são adotadas como referência pelo novo governo brasileiro, torna-se mais necessário ainda que os resultados destas políticas em outros países sejam considerados.

Novo relatório da Network for Public Education nos Estados Unidos alerta para a situação crítica que as políticas de responsabilização e meritocracia estão produzindo nos professores ao longo do pais. Para os pesquisadores, “os professores escolhem a profissão por causa de seu amor pelas crianças e seu desejo de ajudá-las crescer e florescer”, no entanto, “através da nação, os educadores estão deixando a sala de aula”. A escassez de professores é uma realidade em quase todos os estados americanos. (Veja aqui também.)Continue a ler »USA: APRENDAMOS COM O ERRO DOS OUTROS

MT: ADEUS AO EDUCADOR?

MT: adeus ao educador? – I

Publicado em 19/05/2016 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

À medida que as Secretarias de Educação vão procurando a terceirização de gestão como solução para seus problemas econômicos, cresce também a necessidade de promover um aumento do número de professores disponíveis no mercado que, para sobreviver, aceitem a condição de serem empregados de escolas públicas com gestão terceirizada a baixo custo.Continue a ler »MT: ADEUS AO EDUCADOR?

UM TERÇO DE PROFESSORES TEM FORMAÇÃO DEFICIENTE

Um terço de professores tem formação deficiente

17 de maio de 2016

Pesquisa do movimento Todos Pela Educação mostra que docentes dão aula sem a licenciatura na área em que atuam

Fonte: Jornal Metro Campinas (SP)

Três em cada 10 professores do Ensino Fundamental em Campinas dão aula sem que possuam licenciatura na área em que atuam, segundo mostra o levantamento do movimento TPE (Todos Pela Educação) com base em dados do censo escolar do MEC/Inep (Ministério da Educação) divulgado ontem.Continue a ler »UM TERÇO DE PROFESSORES TEM FORMAÇÃO DEFICIENTE

DA PEDAGOGIA À DIDÁTICA

Da pedagogia à didática

18/05/2016

  •  Folha de São Paulo
  • Enquanto 88,4% dos docentes em escolas públicas possuem diplomas de nível superior, nas particulares o índice cai para 80,8%. Seria precipitado, contudo, concluir que o dado invalida o reconhecido nexo entre qualificação dos professores e eficiência do aprendizado. No ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano), os estabelecimentos privados (92,7% dos docentes com ensino superior) ultrapassam os públicos (89,3%). No ensino médio ocorre virtual empate –97,2% e 97,8%, respectivamente. Além disso, o elo consagrado entre qualificação docente e qualidade de ensino pressupõe que a capacitação ofertada nas faculdades de pedagogia seja eficaz. Ou seja, que efetivamente preparem os bacharéis e licenciados para serem bons professores em sala de aula. Não se trata só de uma deficiência acadêmica, mas também da falta de articulação institucional. A formulação de uma base curricular comum nacional ajudará a definir melhor o conteúdo do que precisa ser abordado e aprendido em cada disciplina e cada ano do ensino básico. Mas não fará muita diferença, no resultado final, se as faculdades não se empenharem mais em transmitir aos futuros docentes os meios de ensiná-lo.
  • As universidades, em especial as públicas, estão desligadas da rede de ensino. Não produzem estudos empíricos sobre o que ali se aplica de técnicas de ensino, se funcionam ou não, de modo a informar o que elas próprias ministram.
  • Não é essa a realidade, lamentavelmente. Como ressaltou no relatório artigo de Fernando Abrucio, da FGV, elas dão muito mais ênfase a teorias educacionais do que à didática propriamente dita —vale dizer, às competências e ferramentas úteis na realidade da classe.
  • Em resumo, os colégios da rede particular são mais exigentes ao contratar professores para a fase mais decisiva de preparação de sua clientela para o ciclo universitário ou para o mercado profissional.
  • Há que fazer algumas observações sobre esses percentuais. A primeira seria assinalar que a superioridade na rede pública só se verifica nos níveis iniciais, a educação infantil e o ensino fundamental 1 (do 1º ao 5º ano).
  • Ganhou destaque, na divulgação do último relatório “De Olho nas Metas” (2013-14), do movimento Todos pela Educação, a disparidade constatada na formação dos professores de educação básica nas redes pública e privada. Para surpresa de muitos, ela é melhor na primeira, onde o ensino tem sabidamente pior desempenho.

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XVII ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL

XVII Encontro Nacional de Educação Infantil – 10 a 12 de agosto – Natal (RN) – Anped   http://www.anped.org.br/news/xvii-encontro-nacional-de-educacao-infantil-10-12-de-agosto-natal-rn#.Vzs3P9HXoiM.mailto    

QUAIS SERÃO OS IMPACTOS PARA O CAMPO DA AVALIAÇÃO?

‘Educador precisa ter inteligência emocional’, diz Ana Maria Diniz

Marcus Leoni/Folhapress
Ana Maria Diniz, responsável pelo braço social da família Diniz

FÁBIO TAKAHASHI PAULO SALDAÑA Folha de SÃO PAULO

16/05/2016 02h00

  • Uma turma com 51 pessoas, entre professores, diretores, arquitetos e executivos de empresas, começou neste ano a primeira pós-graduação para educadores voltada a desenvolver as habilidades socioemocionais. “Deixamos o leque aberto para os alunos, para incentivar um caldo diverso de discussão. Tem executivo, arquitetos e 50% são educadores. Demos sete bolsas para educadores da rede pública”, explica Ana Maria Diniz, presidente do conselho do Instituto Península, braço social dos negócios da família (antiga dona do Pão de Açúcar) e instituição mantenedora do Singularidades. Ainda não há previsão para uma nova turma, mas a ideia é que ele inspire uma disciplina na graduação dos cursos de formação de professores do Singularidades. * As habilidades socioemocionais para as crianças são muito discutidas, mas ninguém fala dessas habilidades nos adultos. A gente tem experiências pequenas, pílulas. Os elementos que compõem o currículo vieram de inspirações que pegamos de muitos lugares. Mas colocar junto esse currículo, dessa forma, foi iniciativa nossa. É uma inovação de conceito.
  • MUDANÇA/ IMPACTO A resiliência, por exemplo, é uma habilidade unânime. A criança que que não consegue resolver um problema de matemática e desiste sem dúvida fica para trás.
  • FAMÍLIA EQUILÍBRIO
  • Sou contra fazer o pêndulo cair para o outro lado e só pensarmos no socioemocional. Se o aluno tiver resiliência e se relacionar, ele está pronto pra vida? Não. Tem que saber matemática, ser bem alfabetizado, conhecer os conteúdos de história, geografia, saber em que país a gente vive. O conhecimento é fundamental.
  • Está comprovado que a família é peça chave dessa equação. No movimento Todos Pela Educação, estou envolvida em um programa voltado para a família, que mostra que há coisas que a família pode fazer para valorizar a educação. As crianças podem ter centenas de problemas em casa, mas a melhor coisa que o professor tem a fazer é ensinar. Todo professor tem que ter um papel carinhoso, mas cuidar menos dos problemas da criança. Ensinar é a coisa mais valiosa no tempo em que ela está na escola. Porque isso ele pode levar para casa e usar para transformar a realidade.
  • E a relação com o professor tem papel importante em evitar essa desistência. Ele tem que ser uma referência para que o aluno não se ache burro ou acredite que não consegue. Se não conseguiu, vamos tentar de outro jeito. O professor é a peça chave para construir o que queremos. Não dá para colocar tudo na mão dele, mas ele tem uma carga importante de responsabilidade. Temos que acreditar que toda criança pode aprender, temos que criar essa cultura.
  • A gente quer que o educador saia do curso querendo mudar o mundo, elevar a educação brasileira a outro patamar. Acho que teremos 51 pontas de lança para fazer esse trabalho. Já existem pesquisas que comprovam o impacto de uma criança com habilidades socioemocionais desenvolvidas.
  • O educador precisa ter inteligência emocional para exercer sua função com tranquilidade, principalmente porque o papel de professor está mudando muito. Ele passa do senhor do conhecimento para o cara que facilita o conteúdo, ajuda na trilha de aprendizado. E ele precisa estar seguro disso, ter conhecimento sobre si próprio.
  • Estou aprendendo e vejo que os projetos que dão certo são baseados em uma necessidade pessoal. Eu fui buscar um pouco na minha história de vida, na minha busca por autoconhecimento. E então chamei vários especialistas para ajudar a pensar esse curso –e ele passou a ser desse grupo. Tem psicólogo, neurocientista, gente de consultoria, da área de Recursos Humanos, pedagogo, sociólogo, filósofo.
  • INOVAÇÃO
  • Além disso, o objetivo é colocar em escala a proposta do curso. “Não só para fazer mais uma edição, mas levar para o Brasil, para outras praças. Precisaremos de algum componente on-line, híbrido, mas dá para adaptar esse currículo de forma bacana, com qualidade”. Leia abaixo o que ela diz sobre alguns temas.
  • Com dois anos de duração, o curso vai abordar tipos de personalidade, neurociência, o papel do educador no século 21 e inovações no mundo da educação. “Nesse último módulo, a ideia é fazer uma excursão para onde estão fazendo educação inovadora de verdade, mostrar referências. Queremos instrumentalizar esse educador”, afirma.
  • Ao se formarem no curso ministrado pelo Instituto Singularidades, faculdade especializada em formação de professores, sairão com o título de especialistas em Formação Integral: Autoconhecimento, Habilidades Socioemocionais e Práticas Educacionais Inovadoras.

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PROFESSOR TEM MELHOR FORMAÇÃO NA REDE PÚBLICA DO QUE NA PARTICULAR

Professor tem formação melhor na rede pública do que na particular

Folha de São Paulo, 15/05/2016

Luiz Carlos Murauskas – 24.mar.2016/Folhapress
Pais participam de reunião no colégio Elvira Brandão, em São Paulo, para discutir o currículo

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

15/05/2016

Os professores da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental que lecionam na rede pública têm melhor formação teórica do que seus pares das escolas privadas.

Isso vale para duas métricas: percentual de docentes com ensino superior completo e com currículo adequado ao que a lei determina.

Formação universitária apropriada para lecionar no Brasil, porém, não é garantia de qualidade. O excesso de teoria nos cursos de pedagogia e licenciatura e a distância com a realidade escolar podem prejudicar o ensino.Continue a ler »PROFESSOR TEM MELHOR FORMAÇÃO NA REDE PÚBLICA DO QUE NA PARTICULAR