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Villas Boas

ESCOLA MAIOR TENDE A SER MELHOR PARA A FORMAÇÃO, DIZ MINISTRO

Folha de São Paulo, 9 de agosto de 2015

http://www.1.folha.uol.com.br

ESCOLA MAIOR TENDE A SER MELHOR PARA A FORMAÇÃO, DIZ MINISTRO

Entrevista com Renato Janine Ribeiro

Divulgados na semana passada, os resultados do Enem trazem atualmente diversas informações além das notas. Para o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, os pais devem estar especialmente atentos ao tamanho das escolas.

“Tendo a dizer: procure uma escola maior. Ali, seu filho terá contato com pessoas mais diferentes entre si”, disse o ministro à Folha.

A decisão não é simples, porque os colégios com as melhores notas no Enem costumam ser pequenos (os quatro primeiros têm entre 31 e 60 estudantes no final do ensino médio).

A seguir, a entrevista com o ministro, que falou também sobre medidas que devem ser adotadas para melhorar o ensino médio e o peso da desigualdade social nas notas. Continue a ler »ESCOLA MAIOR TENDE A SER MELHOR PARA A FORMAÇÃO, DIZ MINISTRO

ENEM: PARA QUÊ?

ENEM: PARA QUÊ?

Profa. Dra. Sílvia Lúcia Soares

Presenciamos, mais uma vez, a divulgação do resultado do ENEM à sociedade, da qual emergiram opiniões, principalmente da mídia, atrelando o desempenho dos estudantes à qualidade da educação brasileira. Concomitantemente aos dados obtidos, propagaram-se análises que, na maioria das vezes, estão assentadas no senso comum sem o devido trato político-pedagógico e diálogo com a realidade das escolas e dos estudantes. Além do mais, vimos também veiculados pelos meios de comunicação depoimentos de gestores da área de educação com interpretações de cunho estatístico e suposições pedagógicas expostas de forma desconexa e desgarrada de uma análise mais ampla – os condicionantes sociais, políticos e econômicos que influenciam e são influenciados pela avaliação. Posturas como essas ajudam a reforçar concepções ingênuas e desprovidas de análise mais aprofundada sobre os aspectos nocivos e excludentes da avaliação.Continue a ler »ENEM: PARA QUÊ?

O ENEM PEDE REAÇÃO DO MEC

Editorial: O Enem pede reação do MEC

07 de agosto de 2015

“Resultados confirmam deficiência da escola pública”, afirma jornal

Fonte: Estado de Minas (MG)

O Exame Nacional do Ensino médio (Enem) foi criado em 1998 com o objetivo claro. Visava avaliar o desempenho dos estudantes que caminhavam rumo à universidade. Passados 17 anos, o teste tomou novos rumos. Pouco a pouco, tornou-se passaporte para ingresso no nível superior. Em outras palavras: substituiu o velho e criticado vestibular.

Apesar de não constar do DNA da prova, a análise da Escola ganhou espaço que desvia a atenção de pais, estudantes, especialistas e autoridades. A preocupação com o ranking levou para o segundo plano (ou para o esquecimento) ações impostas pelos resultados. O Ministério da Educação (MEC) deixa de fazer o que precisa ser feito.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) tem a função de avaliar os estudantes. Aplica a prova e divulga o resultado. A atribuição do órgão acaba aí. Cabe ao MEC ir adiante — conjugar o verbo interferir. Com o diagnóstico em mão, promover ações aptas a qualificar os Professores e melhorar o Ensino.Continue a ler »O ENEM PEDE REAÇÃO DO MEC

A AGENDA URGENTE DO BRASIL

Renato Janine Ribeiro, Luiz Cláudio Costa e Binho Marques

Folha de São Paulo, 5/8/2015

A agenda urgente do Brasil

O MEC tem convicção de que a sociedade brasileira exige e merece uma cooperação federativa mais orgânica e efetiva para a educação

O Plano Nacional de Educação (PNE), amplamente debatido pela sociedade, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidenta da República, determina a instituição do Sistema Nacional de Educação (SNE). O PNE determinou a instituição desse sistema justamente para articular e dar coerência à educação em nosso país.

Apesar dos avanços nas últimas décadas, ainda há muito que fazer. Descontinuidade, fragmentação e descompasso entre as esferas de governo, além de, principalmente, ausência de referenciais nacionais de qualidade capazes de orientar a ação supletiva da União são visíveis, especialmente na educação básica.

Alimentados pelos princípios ainda atuais do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, cujas linhas defendem uma educação de qualidade pública, gratuita e laica, chegamos aos dias de hoje premidos pela certeza de que a sociedade brasileira exige e merece uma cooperação federativa mais orgânica e efetiva para a educação.Continue a ler »A AGENDA URGENTE DO BRASIL

DESEMPENHO ESCOLAR MELHORA, DIZ ESTUDO DA UNESCO

30.07.2015 – UNESCO Office in Brasilia

Desempenho escolar melhora, mas desigualdades afetam a aprendizagem na América Latina, revela estudo TERCE da UNESCO

A segunda entrega dos resultados desta pesquisa sobre o desempenho da aprendizagem indica avanços em quase todos os países participantes, mas a maioria dos estudantes ainda apresenta baixos níveis de habilidades em linguagem (leitura e escrita), matemática e ciências naturais.

 

O estudo inclui a influência de fatores associados à aprendizagem, como status socioeconômico, apoio das famílias, atendimento prévio à educação pré-escolar, pertencimento a populações nativas (autóctones), práticas de ensino, múltiplas formas de violência, entre outras circunstâncias que mais afetam a aprendizagem das crianças na região.

Uma nova rodada de divulgação de resultados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (TERCE), coordenado pelo Escritório Regional de Educação da UNESCO para América Latina e o Caribe (OREALC/UNESCO Santiago), apresenta, nesta quinta-feira (30/07/2015), dados sobre o processo de aprendizagem dos estudantes da região e um novo relatório sobre os fatores associados a esse processo. O estudo confirma os avanços e os desafios na superação da crise da aprendizagem que afeta, sobretudo, os mais vulneráveis nos países latino-americanos.

Os resultados provêm de uma grande amostra representativa que envolveu mais de 134 mil crianças do ensino fundamental (no Brasil, do 4º ao 7º ano; nos demais países, da 3a à 6a série) de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, bem como do estado mexicano de Nuevo León que, em 2013, realizaram os testes nas disciplinas de linguagem (leitura e escrita), matemática e ciências naturais.Continue a ler »DESEMPENHO ESCOLAR MELHORA, DIZ ESTUDO DA UNESCO

PAIS INFLUENCIAM MAIS O DESEMPENHO DOS ALUNOS DO QUE A INFRAESTRUTURA DA ESCOLA

Pais influenciam mais o desempenho dos alunos do que a infraestrutura das escola

30 de julho de 2015
De acordo com estudo, no Brasil, o desempenho dos estudantes melhora quando os pais acompanham os resultados obtidos na escola, apoiam e chamam atenção dos filhos

 

Fonte: Agência Brasil

O envolvimento dos pais e o nível socioeconômico das famílias têm maior influência no desempenho dos estudantes do ensino fundamental no Brasil do que a infraestrutura das escolas e o fato de estarem localizadas no campo ou na cidade.

É o que aponta o Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce), lançado hoje (30) pelo Escritório Regional de Educação da Unesco para a América Latina e o Caribe. O estudo também considera a disponibilidade de material escolar e a pontualidade dos professores como fatores que melhoram o desempenho.

“Não se observam diferenças de desempenho entre escolas urbanas públicas, urbanas privadas, nem rurais, depois de considerar todos os fatores de contexto social, de aula e escolares. O mesmo acontece com a infraestrutura, que não mostra relações significativas com o desempenho”, diz o estudo.

O Terce avalia o desempenho escolar no ensino fundamental – do 4º ao 7º ano do ensino fundamental, no Brasil; e da 3º à 6º série, nos demais países – em matemática, linguagem (leitura e escrita) e ciências naturais. Os primeiros resultados do Terce foram divulgados no ano passado. Nesta divulgação, o estudo incluiu os fatores associados à aprendizagem em cada país.

De acordo com o estudo, no Brasil, o desempenho dos estudantes melhora quando os pais acompanham os resultados obtidos na escola, apoiam e chamam atenção dos filhos. O desempenho, no entanto, piora, quando os pais supervisionam e ajudam sempre nas tarefas escolares, tirando a autonomia dos filhos.

Os pais também são importante para incentivar, independentemente das condições sociais e econômicas. Segundo o estudo, os estudantes que vivem em regiões desfavorecidas têm desempenho pior, independentemente das condições da própria casa. No entanto, se os pais têm altas expectativas e incentivam os filhos quanto ao que será capaz de alcançar no futuro, ele obtém melhores resultados.

O Terce mostra ainda que frequentar a pré-escola, desde os 4 anos, também melhora o desempenho dos estudantes. Por outro lado, faltar à escola diminui o desempenho.

Em relação às novas tecnologias, os estudantes do 7º ano que utilizam computadores na escola com frequência tendem a conseguir pontuações menores em matemática. Já os que utilizam o computador fora do contexto escolar tendem a ter melhores resultados em todas as provas.

O Terce é um estudo de desempenho da aprendizagem em larga escala realizado em 15 países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai), além do estado de Nuevo León (México). Mais de 134 mil crianças do ensino fundamental participaram da avaliação.

Baixo desempenho

O desempenho dos estudantes brasileiros no ensino fundamental é igual à média dos demais estudantes de países avaliados pelo Terce em escrita e em ciências naturais em todos os níveis e em leitura no 4º ano e em matemática no 7º. O país supera a média em matemática, no 4º ano, e em leitura, no 7º ano.

Apesar de toda a região ter apresentado melhoras em relação à avaliação anterior, o estudo mostra que são poucos os alunos que estão no maior nível de desempenho. Ao todo, são quatro níveis. No Brasil, a maior porcentagem de alunos no nível mais alto de desempenho é 16,6% em leitura do 7º ano.

A maioria dos estudantes concentra-se nos níveis mais baixos, o que significa que não são capazes de interpretar e inferir o significado de palavras em textos escritos e nem de resolver problemas matemáticos que exigem interpretar informações em tabelas e gráficos.

O pior desempenho foi na prova de ciências naturais, aplicada pela primeira vez no país aos alunos do 7º ano. Apenas 4,6% estão no maior nível e 80,1% estão nos níveis mais baixos. Eles não são capazes de aplicar os conhecimentos científicos para explicar fenômenos do mundo.

Os países que estão acima da média regional em todos os testes e anos avaliados são Chile, Costa Rica e México.

Redação

Na prova escrita, o Brasil está na média dos demais países. A prova avalia os estudantes quanto a três competências: domínio discursivo (adequação ao gênero e tipo textual); textuais (coerência, concordância oracional e coesão); e convenções de legibilidade (segmentação de palavras, ortografia e pontuação).

O Brasil ficou acima da média do bloco apenas na última competência. Em domínio discursivo, o Brasil ficou abaixo da média. No 4º ano, os estudantes tiveram que escrever uma carta a um amigo e, no 7º, uma carta a uma autoridade escolar.

Em ambos os anos, e em quase todos os domínios avaliados, com exceção do dircursivo no 4º ano, a maior parte dos estudantes está nos níveis mais altos de proficiência.

 

 

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ESTUDANTES DO ENSINO NOTURMO TÊM PIOR DESEMPENHO ESCOLAR

ESTE É UM TEMA QUE MERECE ESTUDOS APROFUNDADOS E ATENÇÃO POR PARTE DOS SISTEMAS DE ENSINO

 

Estudantes do ensino noturno têm pior desempenho escolar, aponta pesquisa

Disparidade entre idade e série e menor tempo de aula são alguns dos fatores que contribuem para esse cenário

Um terço dos 7,2 milhões de alunos de ensino médio matriculados na modalidade regular da rede pública estadual estuda à noite. Apesar de o número de matrículas cair cerca de 2% ao ano desde 2010, a quantidade de 2,3 milhões de inscritos nesse turno é muito expressiva, ainda mais quando o desempenho dessa parcela de estudantes é comparado ao das demais turmas. Pesquisa do Instituto Ayrton Senna, com o objetivo de entender melhor essa realidade, que avalia uma série de características dos períodos diurno e noturno, revela diferenças acentuadas.Continue a ler »ESTUDANTES DO ENSINO NOTURMO TÊM PIOR DESEMPENHO ESCOLAR

FALTA ACOLHIMENTO E AJUSTE DA ESCOLA AO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

Jornal da Ciência, 18/07/2015

Falta acolhimento e ajuste da escola ao aluno no Ensino Médio, afirma Secretário de Educação Básica do MEC

Ensino Médio no Brasil foi tema de mesa redonda na Reunião Anual da SBPC na qual especialistas debateram sugestões para melhoria do sistema escolar

Que ensino médio queremos? Esta foi a pergunta-tema da mesa redonda que aconteceu na tarde de ontem (15/7) no Teatro Florestan Fernandes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), durante a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A mesa reuniu o Secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Manuel Palácios da Cunha e Melo; José Fernandes de Lima, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE); e a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Sandra Lucia Escovedo Selles.

“O Ensino Médio nunca foi uma unanimidade no Brasil e temos de enfrentar essa questão”, declarou o coordenador da mesa redonda, Carlos Roberto Jamil Cury, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que também participou das discussões.Continue a ler »FALTA ACOLHIMENTO E AJUSTE DA ESCOLA AO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

POSICIONAMENTO LÚCIDO DE MARIA ALICE SETUBAL

Pode haver vida inteligente nas ONGs

Publicado em 10/07/2015 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Maria Alice Setubal, do CENPEC, está na Folha de hoje (10-07-15) com um artigo chamado “Que plano o governo tem para a educação?”. O texto responde à questão colocada e prova que há vida inteligente nas ONGs. Maria Alice apresenta uma compreensão do problema educacional que não tem nada a ver, em nossa opinião, com a política autoritária de Viviane Senna, do Instituto Senna. Destaco alguns aspectos:

“Não há o que comemorar depois de um ano de vigência do PNE. (…) o Ministério da Educação não apresentou até agora um conjunto de medidas que induzam Estados e municípios a se comprometerem com as metas. Ao contrário, assistimos surpresos à discussão de um plano desenvolvido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos – SAE – que não dialoga com o MEC nem com o PNE.”

Recentemente, estive com autoridades do MEC em um seminário e elas continuam dizendo que o documento da SAE é preliminar e que não há posicionamento do MEC. Mas, pergunta-se, está pelo menos havendo algum estudo para que haja tal posicionamento? Se não há, e parece não haver, então esta afirmação torna-se apenas uma fuga do problema e não um enfrentamento do mesmo. Há quase três meses que o MEC repete a mesma coisa.

“Não é preciso começar do zero ou nos valer de referências externas. Há experiências colocadas em prática por escolas e, especialmente, por redes de ensino que podem apontar caminhos…”

“A crise educacional não será superada sem o envolvimento dos professores. Não bastará um novo currículo, inclusão de inovações tecnológicas, expansão da educação integral e de políticas de equidade e respeito à diversidade cultural sem profissionais capacitados. Esse ponto exige uma revolução na educação por meio de uma política de valorização que inclua plano de carreira, salário e mudanças estruturais na formação inicial e continuada.”Continue a ler »POSICIONAMENTO LÚCIDO DE MARIA ALICE SETUBAL

EM DEFESA DE NOSSAS CRIANÇAS E JOVENS

Em defesa de nossas crianças e jovens

Aqui vai um modelo de lei que precisamos começar a discutir no Congresso, nas Assembleias Legislativas dos Estados e nos municípios  brasileiros. Trata-se de lei corrente nos Estados Unidos e que dá o direito aos pais ou tutor de uma criança ou jovem a solicitar a exclusão de seu filho dos sistemas de avaliação de larga escala. Vamos falar com Vereadores, Deputados e Congressistas que sejam simpáticos a esta causa.

Esta legislação deve conter no mínimo os seguintes elementos:

(1) Não obstante qualquer disposição em contrário, qualquer pai ou tutor de um aluno em qualquer escola pública ou escola terceirizada terá o direito de optar por retirá-lo da avaliação de larga escala (municipal, estadual ou nacional), seja ela uma avaliação de conhecimentos, competências ou socioemocional.

(2) O pai ou responsável deve notificar a escola do aluno por escrito pelo menos uma semana antes do exame agendado. As escolas estão obrigadas a obedecer a solicitação feita em tempo hábil e proporcionar atividades educativas alternativas para esta criança durante os testes.

(3) Não haverá repercussões acadêmicas ou disciplinares, verbais ou nos registros do aluno por ele ter optado por não participar na avaliação.

(4) Os órgãos responsáveis pelas avaliações deverão manter um banco de dados confidencial para registrar e acessar as solicitações de retirada de alunos da avaliação sob sua responsabilidade.

(5) Os órgãos responsáveis pelas avaliações devem informar o número de alunos que se retiraram das avaliações até o menor nível de desagregação dos dados disponível.

(6) As redes de ensino e as mantenedoras de terceirizadas estão obrigadas a notificar todos os pais e encarregados sobre o direito que eles têm de impedir seu filho de fazer testes de larga escala o mais tardar 15 dias antes do início da avaliação, através do seu site e por correspondência.

(7) As mesmas disposições são válidas quando se tratar de aplicação experimental de testes em elaboração, para sua validação.

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JOVENS EM CONFLITO COM A LEI RELATAM PROBLEMAS AO VOLTAR PARA O AMBIENTE ESCOLAR

O texto relata problemas que os jovens enfrentam ao retornar à escola. Um deles é a avaliação informal cruel. Os professores, de modo geral, não estão preparados para praticar a avaliação que esteja a serviço das aprendizagens.

TODOS PELA EDUCAÇÃO

Jovens em conflito com a lei relatam problemas ao voltar para o ambiente escolar

24 de junho de 2015

Retorno é também um desafio para as escolas, que não sabem como lidar com esses alunos

Fonte: Revista Educação

Ainda na escola, o adolescente G.I. envolveu-se com o tráfico de drogas, pois, segundo ele, necessitava de dinheiro para ajudar a família a sobreviver. Flagrado pela polícia, ficou oito meses internado na Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), onde concluiu o segundo ano do ensino médio. Após sair do período de internação e em cumprimento de medida de liberdade assistida, o jovem precisava voltar a estudar, solicitando retorno à escola que frequentava antes de entrar em conflito com a lei. Após ter a matrícula negada, encontrou vaga em outra escola, onde permaneceu por somente cinco dias, até receber ameaças de morte da polícia. Com isso, após buscar vagas durante cinco meses, G.I. conseguiu entrar em outra instituição, onde estuda há três semanas. Hoje com 18 anos recém-cumpridos, o adolescente garante que concluirá o ensino médio em 2015, mesmo diante das dificuldades que enfrenta no cotidiano letivo.Continue a ler »JOVENS EM CONFLITO COM A LEI RELATAM PROBLEMAS AO VOLTAR PARA O AMBIENTE ESCOLAR

O MELHOR DE CADA UM

O tema abaixo merece discussão aprofundada. Cabe “medir” o desempenho docente?

Por meio de e.mail, do dia 23/06/2015, recebemos de Paula Iliadis autorização da revista para publicar esta reportagem

REVISTA PESQUISA FAPESP

“O melhor de cada um

Departamento do Instituto de Química da USP desenvolve método para medir o desempenho de seus docentes

FABRÍCIO MARQUES/ pesquisa FAPESP

  1. 232 | JUNHO 2015

 

Mais de 70 docentes de um dos departamentos do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) foram submetidos recentemente a um processo de avaliação baseado em critérios como a produção científica, a capacidade individual de captar recursos para pesquisa, as orientações de alunos, supervisões de pós-doutorados e participações em bancas, além de atividades didáticas, administrativas, de cultura e de extensão em que se engajaram nos últimos cinco anos. O resultado da iniciativa é uma espécie de ranking (ver tabela), no qual os professores, todos eles vinculados ao Departamento de Química Fundamental do instituto, são identificados apenas por códigos. Seus nomes não são divulgados para o público externo – embora, dentro da instituição, a posição de todos seja mais ou menos conhecida. Nos últimos 10 anos, a avaliação foi realizada quatro vezes. Na mais recente, que tem dados de 2009 a 2014, os nove últimos docentes da lista, aqueles que tiveram as piores pontuações, foram convidados a participar de reuniões com o chefe do departamento, o professor Mauro Bertotti. Eles obtiveram um escore geral em torno de 2 pontos. A média do instituto foi de pouco mais de 6 pontos e o primeiro da lista ultrapassou os 15 pontos (ver tabela). “Reiteramos que não se tratava de punir ninguém e que o intuito da reunião era saber de que forma o departamento poderia ajudá-los a melhorar o desempenho”, conta Bertotti, que dividiu a tarefa em duas reuniões, uma com quatro professores e outra com os cinco restantes.Continue a ler »O MELHOR DE CADA UM

USA: TESTES NÃO DIMINUEM DESIGUALDADE

Vale a pena acompanhar essa discussão. O Brasil precisa repensar a adoção dos testes padronizados. Têm servido a quê? Que contribuições têm trazido ao trabalho de sala de aula? O Distrito Federal não deve aderir a essa prática danosa aos estudantes e à escola como um todo.

 

“USA: testes não diminuem desigualdade

Publicado em 23/06/2015 por Luiz Carlos de Freitas no blog do Freitas

Sessenta organizações educacionais e de direitos civis nos Estados Unidos enviam carta ao Senado americano.

“Nós, as organizações abaixo assinadas, nos opomos aos testes de alto impacto porque acreditamos que estes testes estão causando danos aos alunos, às escolas públicas e para a causa da equidade educacional. Os testes padronizados de alto impacto, em vez de reduzir o fosso de oportunidades, têm sido usados ​​para classificar, ordenar, etiquetar e punir os estudantes negros e latinos, e imigrantes recentes a este país.

Opomo-nos aos testes de alto impacto, porque:

Não há nenhuma evidência de que estes testes contribuam para a qualidade da educação, levem a uma maior equidade educacional em financiamento ou programas, ou ajudem a fechar as “lacunas de desempenho.”Continue a ler »USA: TESTES NÃO DIMINUEM DESIGUALDADE

SÓ EDUCAÇÃO NÃO DÁ CONTA DE REDUZIR DESIGUALDADE , DIZEM ESPECIALISTAS

08/06/2015

http://temas.folha.uol.com.br/desigualdade-no-brasil/educacao/so-educacao-nao-da-conta

Só educação não dá conta de reduzir desigualdade, dizem especialistas

Zanone Fraissat/Folhapress

CAROLINA LINHARES PHILIPPE SCERB DA EDITORIA DE TREINAMENTO

A educação sempre aparece como remédio para os males do Brasil, principalmente a desigualdade social. Sem negar que mais anos de estudo melhoram a vida da população, especialistas começam, porém, a relativizar essa verdade absoluta.

“É interessante para a elite e para o governo tratar a educação como uma panaceia, porque se estabelece uma situação de inércia social. Um segmento que tem crescido muito é o de pessoas com ensino superior, que hoje supera 15% dos jovens, mas a desigualdade interna desse grupo é tremenda”, diz o economista Alexandre Barbosa, professor do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros) da USP. Para ele, a desigualdade no Brasil é estrutural e não será solucionada exclusivamente com mais investimentos em educação.

Barbosa mostra que a diferença de renda média do trabalho entre brasileiros com ensino médio e com ensino superior caiu de R$ 1.969,47 em 1995 para R$ 1.741,41 em 2009.Continue a ler »SÓ EDUCAÇÃO NÃO DÁ CONTA DE REDUZIR DESIGUALDADE , DIZEM ESPECIALISTAS

ESCOLAS DO ESTADO DE SÃO PAULO E DA PREFEITURA DE SP TERÃO PROVAS BIMESTRAIS PADRONIZADAS

Escolas do Estado e da Prefeitura de SP terão provas bimestrais padronizadas

TODOS PELA EDUCAÇÃO 16 de junho de 2015

No Município, notas vão integrar boletim estudantil e serão devolvidas aos professores em 24h; na rede paulista, haverá ampliação do exame aplicado duas vezes ao ano

Fonte: O Estado de S. Paulo (SP)

 

O governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo vão reforçar o monitoramento dos Alunos de suas redes de Ensino e implementar modelos de provas bimestrais padronizadas para todas as Escolas. Nos dois projetos, o objetivo é proporcionar mais uma ferramenta pedagógica para o dia a dia de Professores e diretores com base no desempenho dos estudantes, mas as secretarias também poderão usar os dados para intervenções.

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No Município, a avaliação começa na próxima semana e integra o projeto Mais Educação, que reformulou em 2013 o sistema educacional sob a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT). A prova bimestral padronizada obrigatória será de Português, Matemática e Ciências – na primeira edição, entretanto, Ciências não será incluída.Continue a ler »ESCOLAS DO ESTADO DE SÃO PAULO E DA PREFEITURA DE SP TERÃO PROVAS BIMESTRAIS PADRONIZADAS