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Villas Boas

A AVALIAÇÃO FORMATIVA POTENCIALIZANDO O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ALUNOS

A AVALIAÇÃO FORMATIVA POTENCIALIZANDO O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ALUNOS
Maria Susley Pereira

A ideia de que a avaliação no contexto educativo relaciona-se com as aprendizagens e com as intenções da atuação educacional ainda não é tão clara, muito embora todo o seu contexto histórico revele que o conceito de avaliação tem se modificado a fim de atender as especificidades de cada época. Já tivemos períodos em que a avaliação era vista basicamente como medida, baseada na Psicologia Comportamental de Skinner, depois como grau de congruência entre objetivos e o seu grau de consecução, mais adiante foi considerada na totalidade do âmbito educacional, afetando não só o rendimento do aluno, mas tudo que se relacionava a programas educacionais (professor, currículo, etc.). Nesse período a avaliação passa a ser vista como “compilação e uso de informação para tomada de decisão” (CRONBACH, 1985 apud ARREDONDO, 2009, p. 32). Naquela época, há mais de 30 anos, Michael Scriven identifica a avaliação formativa e de lá para cá a expressão “avaliação formativa” vem sendo largamente explorada em documentos orientadores da prática docente, em debates educacionais e também nas falas dos professores. Mas, torná-la efetivamente um componente da prática pedagógica exige valorizar alguns aspectos e desenvolver determinadas estratégias. É preciso que se possa:Continue a ler »A AVALIAÇÃO FORMATIVA POTENCIALIZANDO O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ALUNOS

CICLOS, PROGRESSÃO CONTINUADA E REPROVAÇÃO: TRÊS CONCEITOS QUE MERECEM SER MELHOR COMPREENDIDOS

Ciclos, progressão continuada e reprovação:
três conceitos que merecem ser melhor compreendidos
Maria Susley Pereira

ALCKMIN SEGUE PASSOS DE HADDAD E MUDA PROGRESSÃO CONTINUADA NAS ESCOLAS ESTADUAIS
Reforma anunciada pelo governador de São Paulo aumenta possibilidade de reprovação, altera ciclos de ensino e institui avaliações bimestrais
Leia em http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2013/11/seguindo-haddad-alckmin-aumenta-chance-de-reprovacao-no-ensino-estadual-5126.html

Esta foi a manchete publicada no site Rede Brasil Atual – RBA, no último dia 08 de novembro. O que chama a atenção nesta manchete é uma questão curiosa: o anúncio de uma reforma na educação que visa aumentar a reprovação, ao invés de anunciar, por exemplo, um aumento nas aprendizagens. Essa medida marcha na contramão de estudos e de pesquisas de especialistas que têm constantemente trazido para o debate educacional a importância de uma escola que garanta as aprendizagens de todos os alunos, uma escola que cumpra seu papel na formação de pessoas capazes de transitar na sociedade com desenvoltura, utilizando as práticas sociais de uso da matemática, da leitura e da escrita, e que dominem conhecimentos básicos relacionados ao mundo em que vivem. Aumentar as reprovações certamente não é o caminho para que essas pessoas possam desenvolver capacidades ou adquirir conhecimentos. Aumentar as reprovações é uma maneira de se aumentar o fracasso escolar, de contribuir para o abandono das carteiras escolares e de mostrar que a preocupação recai muito mais nos resultados dos exames externos do que na reestruturação dos currículos, na melhoria da infraestrutura das escolas, na formação e na motivação dos professores. Como o próprio governador disse “O aluno não deve ser responsabilizado pela dificuldade da escola. A reprovação leva à evasão escolar e cria na criança a cultura do fracasso. Isso não ajuda”.Continue a ler »CICLOS, PROGRESSÃO CONTINUADA E REPROVAÇÃO: TRÊS CONCEITOS QUE MERECEM SER MELHOR COMPREENDIDOS

AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO: UMA BREVE APRESENTAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES PARA AS ESCOLAS EM CICLOS EM PORTUGAL

Avaliação e progressão: uma breve apresentação das orientações para as escolas organizadas em ciclos em Portugal
Maria Susley Pereira

A avaliação tem se tornado no Brasil uma temática cada vez mais presente em pesquisas, em publicações e nas preocupações de professores e de responsáveis pelos sistemas educativos. Essa presença se justifica pela possibilidade de estarmos avançando, mesmo que pouco a pouco, para a compreensão de que a avaliação tem importância basilar para as aprendizagens dos alunos, para o ensino que intencionamos e de que é efetivamente presente nas decisões pedagógicas e metodológicas do nosso trabalho docente. Em Portugal, não tem sido diferente, pois, ao menos nos documentos oficiais, a avaliação ocupa espaço privilegiado.

No país lusitano a escolaridade está estruturada em ciclos, sendo a educação obrigatória de 12 anos, compreendendo os alunos dos 6 aos 18 anos. São 3 ciclos na educação básica (1º ciclo, que abrange do 1ª ao 4ª ano, 2º ciclo, 5º e 6º anos e 3º ciclo, que vai do 7º ao 9º), e 3 anos no ensino secundário (10º, 11º e 12º anos).Continue a ler »AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO: UMA BREVE APRESENTAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES PARA AS ESCOLAS EM CICLOS EM PORTUGAL

“SERÁ QUE TODOS OS ALUNOS TERÃO INTERESSE EM FAZER O PORTFÓLIO SE NÃO HOUVER NOTAS?”

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Durante apresentação oral para cerca de 500 professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, no dia 8/10/2013, durante o II Congresso de Práticas Educacionais da Rede Pública do Estado de Minas Gerais, promovido pela MAGISTRA, Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores, no Hotel Canto da Siriema, em Minas Gerais, recebi dezenas de perguntas. Discuti com eles o seguinte tema – Portfólio: ampliando o debate entre professor e aluno. O tempo não foi suficiente para responder todas as perguntas. Como elas foram feitas por escrito, estou respondendo a cada uma, por este blog, para que eu possa atingir número maior de docentes. A pergunta acima, título deste texto, me foi enviada e parece ser uma das que mais inquietam os professores.Continue a ler »“SERÁ QUE TODOS OS ALUNOS TERÃO INTERESSE EM FAZER O PORTFÓLIO SE NÃO HOUVER NOTAS?”

PORTFÓLIO RECEBE NOTA?

PORTFÓLIO RECEBE NOTA?
Benigna Maria de Freitas Villas Boas – mbboas@terra.com.br

Durante apresentação oral para cerca de 500 professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, no dia 8/10/2013, durante o II Congresso de Práticas Educacionais da Rede Pública do Estado de Minas Gerais, promovido pela MAGISTRA, Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores, no Hotel Canto da Siriema, em Minas Gerais, recebi dezenas de perguntas. Discuti com eles o seguinte tema – Portfólio: ampliando o debate entre professor e aluno. O tempo não foi suficiente para responder todas as perguntas. Como elas foram feitas por escrito, estou respondendo a cada uma, por este blog, para que eu possa atingir número maior de docentes. Hoje trago para reflexão a seguinte indagação: “é adequado usar portfólio na disciplina Redação Oficial em um curso técnico em Administração? Como poderia atribuir nota ao portfólio já que bimestralmente tenho que entregar notas e frequência à secretaria da escola?”Continue a ler »PORTFÓLIO RECEBE NOTA?

O CADERNO SE TRANSFORMANDO EM PORTFÓLIO

Benigna Maria de Freitas Villas Boas – mbboas@terra.com.br

Durante apresentação oral para cerca de 500 professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, no dia 8/10/2013, durante o II Congresso de Práticas Educacionais da Rede Pública do Estado de Minas Gerais, promovido pela MAGISTRA, Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores, no Hotel Canto da Siriema, em Minas Gerais, recebi dezenas de perguntas. Discuti com eles o seguinte tema – Portfólio: ampliando o debate entre professor e aluno. O tempo não foi suficiente para responder todas as perguntas. Como elas foram feitas por escrito, estou respondendo a cada uma, por este blog, para que eu possa atingir número maior de docentes. Uma professora perguntou: “em uma escola de ensino médio o caderno usado no dia a dia pode ser considerado um portfólio?” Claro que pode. É até uma excelente ideia revitalizar o uso do caderno dando-lhe essa nova feição. Aí está uma das possibilidades do portfólio. Ele não é um recurso pedagógico orientado por um manual. Cabe ao professor usar sua criatividade, juntamente com a dos alunos, para organizar o portfólio que seja “a cara da turma”. Para cada disciplina e para cada contexto o professor pode selecionar as melhores maneiras de trabalhar de modo a atrair o interesse dos alunos pelos temas em estudo. Continue a ler »O CADERNO SE TRANSFORMANDO EM PORTFÓLIO

PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO FORMAL E RECUPERAÇÃO: REVENDO CONCEITOS

PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO FORMAL E RECUPERAÇÃO: REVENDO CONCEITOS
Benigna Maria de Freitas Villas Boas – mbboas@terra.com.br
Publicado em http://gepa-avaliacaoeducacional.com.br

Durante apresentação oral para cerca de 500 professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, no dia 8/10/2013, durante o II Congresso de Práticas Educacionais da Rede Pública do Estado de Minas Gerais, promovido pela MAGISTRA, Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores, no Hotel Canto da Siriema, em Minas Gerais, recebi dezenas de perguntas. O tempo não foi suficiente para conversar com o grupo sobre todas elas. Pedi que o autor de cada uma registrasse seu e.mail para que eu pudesse responder. É o que estou fazendo, aos poucos. Uma professora que não anotou seu e.mail perguntou: “Nós aprendemos aqui que a avaliação tem que ser algo ‘leve’, de forma a ter o aluno como participante ativo da avaliação através do portfólio. Mas logo no início do ano a escola nos entrega o calendário com as notas das provas bimestrais. E a superintendência orienta que a cada prova o professor deve dar uma recuperação. Se dermos 2 provas, elas se tornam 4 no final das contas. Não há aí uma incoerência? Como fazer a recuperação do portfólio? O portfólio sobrepõe às avaliações formais? Sendo que o estado e a comunidade escolar só valorizam a avaliação formal”.Continue a ler »PORTFÓLIO, AVALIAÇÃO FORMAL E RECUPERAÇÃO: REVENDO CONCEITOS

CRIAÇÃO DE CULTURA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA NAS ESCOLAS

CRIAÇÃO DE CULTURA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA NAS ESCOLAS
Benigna Maria de Freitas Villas Boas – 21/10/2013

Durante apresentação oral para cerca de 500 professores dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, no dia 8/10/2013, durante o II Congresso de Práticas Educacionais da Rede Pública do Estado de Minas Gerais, como recebi muitas perguntas e não foi possível debater sobre todas naquele momento, estou, aos poucos, enviando minhas considerações sobre as questões surgidas. Dentre elas, uma professora da cidade de Curvelo indagou: como conscientizar e mobilizar professores e alunos sobre a importância do trabalho com o portfólio a fim de que eles adotem a cultura da avaliação formativa e transformadora? Quais as estratégias? Estas duas perguntas me dão a oportunidade de recomendar que todos os professores, coordenadores e equipe gestora da escola se informem e estudem sobre a avaliação formativa e os procedimentos que a ela se aliem. Na verdade, quase todos os procedimentos podem servir à avaliação formativa e à classificatória, dependendo de como são compreendidos e adotados. Por isso, é preciso ter clareza sobre quais objetivos se pretende atingir para, a partir disso, decidir como agir. A avaliação não é neutra: cumpre objetivos.Continue a ler »CRIAÇÃO DE CULTURA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA NAS ESCOLAS

AVALIANDO CRIANÇAS INTROVERTIDAS

Benigna Maria de Freitas Villas Boas – 21/10/2013
O livro “O poder dos quietos”, de Susan Cain, Editora Agir, 2012, traz importantes reflexões sobre o relacionamento escolar com crianças introvertidas. O título do último capítulo é bem sugestivo: Como educar crianças quietas em um mundo que não quer ouvi-las. Eu acrescento: como avaliar o desempenho dessas crianças se a maioria das atividades escolares é planejada para as extrovertidas?
A introversão não é algo a ser curado, afirma a autora. Crianças com esta característica precisam ser valorizadas pelo que são. Comumente encontra-se a seguinte observação em boletim escolar: “gostaria que X falasse mais em aula”. Mas a escola oferece oportunidades para que todos os estudantes se manifestem? Em quais situações? Enquanto extrovertidos gostam de movimento, estímulo e trabalho colaborativo, os introvertidos preferem palestras, tempo de descanso e projetos independentes. O professor cauteloso faz uma mistura dessas atividades para que os estudantes possam vivenciar situações que os favoreçam e que, ao mesmo tempo, lhes possibilitem desenvolver capacidades diferentes.Continue a ler »AVALIANDO CRIANÇAS INTROVERTIDAS

ELEIÇÃO DE DIRETORES, CONSELHO DE CLASSE E AVALIAÇÃO FORMATIVA

ELEIÇÃO DE DIRETORES ESCOLARES, CONSELHO DE CLASSE E AVALIAÇÃO FORMATIVA
Por: Erisevelton Silva Lima
No momento em que se aproxima o novo pleito eleitoral para a composição das equipes diretivas das escolas públicas oficiais do Distrito Federal, a Lei Distrital n. 4.751, de 07 de Fevereiro do ano de 2012, apresenta a possibilidade de outro delineamento da gestão escolar voltado para questões pedagógicas até então ignoradas noutras legislações. Destaco, inicialmente, o artigo 9º da lei em epígrafe, que reserva ao conselho de classe o papel de órgão colegiado que cumprirá a função de partícipe na gestão da escola.
Conforme Licínio Lima (2001), não podemos assegurar que o modelo de gestão, aparentemente explícito na lei, se configure igualmente em todas as instituições. Afirma o mesmo autor que na medida em que cada instituição se apropria do texto legal prescrito, molda-o conforme sua cultura e a subjetividade daqueles que habitam o interior da escola. Sendo assim não podemos utilizar, no singular, a expressão modelo e, sim, modelos de gestões, afirma Licínio Lima. Contudo no artigo 35 dessa lei, orienta-se que:
O Conselho de Classe é órgão colegiado integrante da gestão democrática e se destina a acompanhar e avaliar o processo de educação, de ensino e de aprendizagem, havendo tantos conselhos de classe quantas forem as turmas existentes na escola. (BRASÍLIA-DF, GDF, Lei n. 4751/12. Art. 35, caput)Continue a ler »ELEIÇÃO DE DIRETORES, CONSELHO DE CLASSE E AVALIAÇÃO FORMATIVA

ENSINO MÉDIO TEM 22,6% DE REPROVAÇÃO

28/09/2013 – O índice, referente ao ano de 2011 na rede pública, está muito acima da taxa aceitável internacionalmente, de 2% a 3%. Houve também queda acentuada nas matrículas

Um material de divulgação interna da Secretaria de Educação, com dados compilados do Censo Escolar, caiu nas mãos de professores da rede pública e vem provocando discussão entre os docentes. De acordo com o material, os índices de reprovação estão muito acima do ideal. Enquanto organismos internacionais apontam como percentual razoável o máximo de 3% dos estudantes com rendimento insuficiente durante o ano letivo, na capital do país 22,6% dos alunos do ensino médio, em 2011, não conseguiram a aprovação. Há ainda uma queda no número de matrículas. Entre 2010 e 2012, a rede sofreu uma redução de 18 mil inscrições, enquanto as instituições privadas ganharam 16.529 novatos.Continue a ler »ENSINO MÉDIO TEM 22,6% DE REPROVAÇÃO

AVALIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

AVALIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Tenho sugerido aos colegas da Secretaria de Educação do Distrito Federal que adotem, em lugar da expressão “avaliação institucional”, avaliação do trabalho pedagógico, seja ele da escola, da Coordenação Regional de Ensino, da Sub-secretaria de Educação Básica, da Secretaria de Educação etc. Justificativa: entendo que a expressão “avaliação do trabalho pedagógico” tem mais proximidade com o que denominamos de Projeto político-pedagógico. A Secretaria de Educação do DF publicou em 2012 o “Projeto Político-Pedagógico da Rede Pública de ensino do Distrito Federal: a construção de outra sociedade começa na escola”. Continue a ler »AVALIAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

FAMÍLIA E ESCOLA: ACORDOS POSSÍVEIS!

Erisevelton Silva Lima – Doutor em educação pela UnB
Em diálogo com meus pares e em palestras habituais com os mesmos, a família tem sido apontada como um ente ausente, omisso ou desagregado que deixa de cumprir quesitos elementares para que a escola e os profissionais da educação consigam realizar o trabalho pedagógico. Onde estaria a cisão? Por que estas duas instituições estão distanciadas? Neste breve texto procuro discutir estas duas questões apontando a organização do trabalho pedagógico e, não por acaso, o envolvimento das famílias de maneira consultiva e colaborativa.
Para Tedesco (1998, p.36), essa erosão que afeta o apoio familiar não se limita à falta de tempo para auxiliar as crianças na realização das tarefas escolares (dever de casa) e ou para acompanhar a trajetória de aprendizagem dos estudantes durante o ano letivo. Aponta, ainda, que foi produzida ao longo dos tempos uma nova dissociação entre a família e a escola, qual seja: a debilidade nos quadros de referência para os quais a escola supõe sejam os corretos e para os quais ela se preparou. Acrescenta, ainda, o autor “A escola transformava a criança naqueles aspectos que fortaleciam a coesão social: adesão à nação, aceitação da disciplina e dos códigos de conduta etc.” (TEDESCO, 1998, p.37). Os quadros de referência apontados por Tedesco dizem respeito aos valores, especialmente aqueles pautados no reconhecimento das hierarquias que deviam ser sequenciadas e reforçadas fora de casa pela escola. A família modificou-se ao longo dos tempos, os valores parecem não apenas serem outros, mas se estabelecem de outras maneiras. Por outro lado, somos desafiados, diariamente, a pensar formas diferentes de organizar o trabalho e as relações no interior da escola.Continue a ler »FAMÍLIA E ESCOLA: ACORDOS POSSÍVEIS!

RIO TESTA NOVO TIPO DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

Vivemos tempos de avaliação (melhor dizendo: de provas). Parece que o trabalho com os alunos se realiza em função de provas internas e externas à escola. Essa situação é preocupante. Mais um tipo de prova se anuncia: agora é a vez da avaliação de competências não cognitivas, no Rio de Janeiro. A atuação de psicólogos está invadindo o espaço escolar. Quais serão as consequências disso?

VALOR ECONÔMICO
08/08/2013 – 00:00
Rio testa novo tipo de avaliação educacional
Por Luciano Máximo

“A primeira avaliação educacional de larga escala para medir o impacto de competências não cognitivas no processo de aprendizagem na escola será aplicada no mês que vem pela primeira vez no Brasil – e no mundo – para 55 mil alunos da rede pública do Rio de Janeiro. A prova, piloto, tem como objetivo levantar dados de características comportamentais dos alunos, como disciplina/responsabilidade, sociabilidade, estabilidade emocional, cooperação, abertura a novas experiências, e cruzá-los com informações de outros mecanismos mais tradicionais de aferição da qualidade da educação (Ideb, Enem, Pisa). Os resultados servirão para orientar políticas públicas do setor no país e no exterior.
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LIÇÃO DE CASA: TEMA ABANDONADO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Benigna Maria de Freitas Villas Boas
A Prefeitura de São Paulo pretende desenvolver em 2014 Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da sua rede municipal de ensino. Para tanto apresenta em seu site documento para consulta pública. Uma das estratégias apontadas para que o aluno “corrija seu processo de aprendizagem” é a lição de casa.

No livro Dever de casa e avaliação, escrito por Enílvia Rocha Morato Soares e por mim, publicado neste ano pela Editora Junqueira & Marin, apresentamos resultados de uma pesquisa realizada em uma escola da rede pública do DF. Chamou-nos a atenção o depoimento da professora colaboradora da investigação:
“Eu nunca tinha parado pra pensar nisso… sério mesmo. Pra que a gente manda tarefa de casa? Que hábito é esse que a escola adquiriu? Quem inventou isso? Será que não é mais uma forma de punir as crianças? De cobrar das crianças… às vezes até de tirar um pouco da responsabilidade, da tua responsabilidade enquanto professora, né? São coisas que eu comecei a pensar”.Continue a ler »LIÇÃO DE CASA: TEMA ABANDONADO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÁTICA PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO FORMATIVA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Erisevelton Silva Lima
Doutor em educação pela UnB e membro do grupo de pesquisa GEPA

Não podemos ignorar os apelos dos professores que atuam nos anos finais do ensino fundamental e nas turmas do ensino médio ao se queixarem do quantitativo de estudantes por turma. Não por acaso, o número de turmas que assumem revela a força da lógica da escola seriada que data de 300 anos e que, ainda, é o modelo gerencial (preferido) adotado pelos sistemas de ensino para supostamente melhor organizar os tempos e espaços de aprendizagens na escola. Não são raras as vezes em que diante da possibilidade de alguma proposta ou projeto que afete o cotidiano desses professores, as resistências e algumas descrenças se tornam bastante presentes. Aqui pretendo levantar algumas reflexões sobre a avaliação e a organização do trabalho pedagógico para a sala de aula. Como organizar os tempos e espaços para desenvolvimento do currículo? Como avaliar? Em que momento promover esta organização?Continue a ler »PRÁTICA PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO FORMATIVA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

LIVRO DEVER DE CASA E AVALIAÇÃO

A editora Junqueira & Marin coloca à disposição dos interessados o livro Dever de casa e avaliação, de autoria de Enílvia Rocha Morato Soares e Benigna Maria de Freitas Villas Boas. O livro apresenta o seguinte sumário:
Prefácio, pela professora Dra. Ilma Passos Alencastro Veiga.
Introdução: um dever de casa instigante
Capítulo 1: Abrindo caminho para a pesquisa
Capítulo 2: Dever de casa: ontem e hoje
Capítulo 3: Dever de casa – a serviço da avaliação classificatória ou da formativa?
Capítulo 4: Dever de casa – a visão da escola.
Capítulo 5: Os estudantes e o dever de casa – “a gente tem mais é que ser feliz”.
Capítulo 6: Dever de casa – a compreensão dos pais/responsáveis.
Capítulo 7 – Dever de casa – o entendimento da professora.
Considerações finais: inquietações sobre o dever de casa.
Referências.Continue a ler »LIVRO DEVER DE CASA E AVALIAÇÃO

APÓS 21 ANOS, ALUNOS DE SP TERÃO LIÇÃO DE CASA, NOTA E BOLETIM

Karina Yamamoto
Do UOL, em São Paulo
15/08/201302h00 > Atualizada 15/08/201311h43

O prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário de Educação César Callegari (PSB) apresentam, na manhã desta quinta-feira (15), um novo programa para a rede municipal de ensino. Chamado “Mais Educação São Paulo”, o pacote de iniciativas faz clara referência ao programa de ensino integral do governo federal criado por Haddad enquanto ministro.
As escolas públicas municipais terão um novo regimento geral que mudará a rotina dos estudantes e professores: provas a cada dois meses (bimestrais), lição de casa, notas de 0 a 10 e boletim que poderá ser consultado pelos pais na internet.
Progressão continuada existe há 21 anos na rede municipal de São Paulo.Continue a ler »APÓS 21 ANOS, ALUNOS DE SP TERÃO LIÇÃO DE CASA, NOTA E BOLETIM

A BATALHA SOBRE OS CICLOS CONTINUA: QUEM SÃO OS PERDEDORES?

A BATALHA SOBRE OS CICLOS CONTINUA: QUEM SÃO OS PERDEDORES?
Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Mais um capítulo dessa batalha é narrado na reportagem a seguir. O mais preocupante é a incompreensão sobre ciclos e, principalmente, sobre a avaliação, revelada em todos os episódios e depoimentos. Observe-se a manifestação ao final da reportagem: “Ou para agora – e evita prejuízos maiores – ou a coisa pode piorar. No caso dos ciclos, é só avisar que os alunos podem reprovar (sic) no fim do ano”. O entrevistado quer dizer que a interrupção da organização da escolaridade em ciclos pode ser feita simplesmente “avisando” que a “reprovação” continuará. Neste depoimento fica bem claro o entendimento de que o que diferencia os ciclos do regime seriado é a “reprovação”. Enquanto perdurar essa compreensão, a organização do trabalho da escola não avançará. Continue a ler »A BATALHA SOBRE OS CICLOS CONTINUA: QUEM SÃO OS PERDEDORES?