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Professores agora também terão notas e poderão ser reprovados ou demitidos

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Por Gabriela Giordani

 20/05/2025

O governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas, anunciou uma medida que estará válida a partir do dia 26 de maio, sobre a implementação de um sistema de avaliação para todos os professores da rede estadual de São Paulo. Além dos docentes, também serão avaliados a gestão, que é composta por diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos. A novidade foi divulgada no site oficial do governo do estado, no qual foi informado que esse projeto fará parte do Programa Ensino Integral (PEI). 

Esse programa será ampliado para todas as unidades de tempo parcial e, segundo a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc-SP), o objetivo é “oferecer mais uma ferramenta de gestão às escolas e, assim, qualificar aspectos importantes das rotinas educativas, tais como metodologia, gestão da sala de aula, comunicação e liderança.” 

Entenda melhor como vai funcionar a avaliação pedagógica em São Paulo 

De acordo com o comunicado, a avaliação vai ocorrer em dois momentos do ano letivo, uma no primeiro semestre com foco em identificar os pontos positivos e o que pode ser aprimorado. Enquanto a segunda avaliação está prevista para ser uma “avaliação de desempenho final” com finalidade somativa e como instrumento adequado para subsidiar a decisão quanto à permanência do profissional no posto, aulas e/ou classes. 

Vale ressaltar que, no primeiro momento, nenhum profissional receberá uma nota final ou qualquer penalidade. O objetivo central é dar a oportunidade para os alunos avaliarem o desempenho da escola em um âmbito geral. Os resultados serão repassados aos diretores, que terão o papel de avaliar professores e a equipe gestora, sob orientações de que os profissionais devem preencher certos requisitos. Após a conclusão, os feedbacks serão repassados aos professores, enquanto o dirigente regional de ensino, com o suporte do supervisor, fará o mesmo com os diretores. 

Comentário: praticar a avaliação em todas as atividades escolares, inclusive a análise do trabalho pedagógico, que envolve todos os profissionais, é uma necessidade. Contudo, em todos os âmbitos a avaliação formativa é a que preside o processo. Em nenhuma situação ela se destina à classificação, seja dos estudantes  ou dos professores e outros profissionais. A avaliação que classifica se torna odiosa, portanto, não educa. Não é o que se quer.

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